Monte Sinai

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terça-feira, 16 de abril de 2013

UM MERCADO DE ESCRAVOS (Rm 6.15-23)

 O presente texto mostra, na prática a nossa santificação como resultado da nossa escolha. Paulo ilustra este   ponto , expondo o relacionamento entre um servo e o seu senhor (Rm 5.15-23).

 Paulo apresenta o pecado e a obediência a Deus, como dois tipos de patrão (Rm 6.16). Como a pessoa se torna escrava, ou serva de um destes patrões? Pela obediência a um deles. O pecado, paga com a morte. A obediência a Deus conduz à justiça. A morte é o salário do pecado, mas a vida eterna é o dom de Deus por Jesus Cristo. Por isso, o cristão deve dizer "não" ao pecado " Caso contrário, a obediência ao pecado fá-lo-á servo do mesmo.

Antes, escravos;agora, livres

 Éramos escravos do pecado, mas, pela nossa união com Cristo, morremos para a vida velha. O nosso antigo patrão - o pecado, já não pode exigir nada de nós (note no versículo 17, que o tipo de obediência que produz justiça é a obediência à fé e à doutrina segundo o Evangelho).

 O crente deve continuar morto para o pecado e entregue completamente à sua nova vida, como servo de Deus. O cristão prossegue de uma posição justa para uma vida justa (Rm 6.170. Este é o princípio que Paulo apresenta em defesa do Evangelho, tanto na Epístola aos Gálatas como na Epístola aos Romanos. Se queremos uma vida reta e justa, devemos começar por uma posição justa com Deus.

Duas tentações a evitar

 Entre os cristãos existem duas clássicas tentações quanto em discussão, a primeira das quais é dizer: "Eu tenho salvação por fé, portanto, não importa o meu modo de viver". Isto não é bíblico. Como cristãos, somos donos da nossa vida, mas não, escravos do pecado! A nossa redenção não nos torna automaticamente obedientes a Deus. Não somos robôs . Deus não nos força a servi-lo.  Se vamos servir a Deus é porque queremos fazê-lo. A escolha é nossa.

 A segunda tentação é a de pensarmos que estamos conservando a nossa salvação  através das boas obras. Achamos em Cristo a nossa verdadeira liberdade, mas devemos render-nos ao nosso novo Senhor em obediência voluntária (Rm 6.17).

Uma ilustração importante

 Um médico cristão da cidade de Londres, na Inglaterra, ilustrou a Lei da Liberdade Cristã (Tg 1.25), através de uma experiência interessante. Ele recebera de presente um bonito cão de raça, e costumava, a princípio, levá-lo a passear todas as tardes, preso a uma corrente. Ele continuou fazendo isso por várias semanas até que o cão se acostumou com ele, até o dia em que já não dependia da corrente para acompanhar o seu dono.

 Logo que o cão achou-se na rua, sem  a " lei" da corrente para segurá-lo, correu para longe. Parecia que fugira para sempre, porém, tal não sucedeu. Logo depois, voltou, e, muito satisfeito, acompanhou o seu dono, submisso à sua direção. Uma lei mais forte do que a corrente o prendia agora: era a lei do amor.

 Dizia então o referido cristão que, havia em Londres três tipos de cães: os cães errantes, sem dono, que tinha liberdade sem lei ; os cães presos por correntes, que tinham lei sem liberdade, e os cães soltos, que seguiam seus donos, que podiam fugir, mas escolhiam não fazê-lo. Estavam presos pelo amor, pela lei da liberdade.

A lei da liberdade

 A lei da liberdade é mais santa e mais poderosa do que qualquer outro código de regulamentos. O cristãos que espera encontrar no NT um novo código de leis e regulamentos, não tem compreendido a lei da liberdade cristã, que ensina o discípulo fiel e sincero e consultar, não um código das regras, mas a vontade do Salvador amado.
O ímpio tem liberdade sem lei. O judeu tinha lei sem liberdade: o cristão nascido de novo tem  a lei da liberdade. O domínio de Cristo sobre nós coloca-nos sob uma lei pessoal mui elevada, pois, trata-se de união espiritual com Ele. É a liberdade com lei - lei de Cristo (Leia 1Co9.21; Rm 7.22 e Gl 6.2).

 A salvação é uma transferência de senhorio. Tanto debaixo da Lei, como debaixo da Graça, o homem é um servo (Rm 6.14,15). A diferença está na orientação da vida: para o pecado ou para Deus. A nossa salvação significa uma mudança de gerência. Daqui em diante somos servos (Rm 6.18).

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