Monte Sinai

Monte Sinai

sábado, 31 de março de 2012

É POSSÍVEL PERDER A SALVAÇÃO?

No século V d.c., Agostinho ensinou que ''...o crente nunca poderia perder a salvação. Uma vez salvo, permaneceria salvo por toda a vida, independente das suas ações ou atitudes." Esta declaração deu início a um debate teológico que permanece até os nossos dias.
Neste Texto, apresentaremos o conceito bíblico, demonstrando que o crente pode perder a sua salvação. Ao estudar as evidências bíblicas que apoiam este fato, o leitor  compreenderá porque só após quatro séculos após a morte de Cristo surgiu esse ponto de vista sobre o assunto em pauta.
O Assunto nas Escrituras
Um dos maiores argumentos bíblicos segundo o qual se pode perder a salvação é a frequente menção do condicional ''se''. As referências bíblicas a seguir revelam o fato de que a salvação, na experiência humana, depende da situação do crente, manifesta em expressões bíblicas, como ''permanecer em Cristo'', ''continuar na fé'', ''andar na luz'', ''não retroceder'', etc. Segue-se uma lista de algumas destas frases. 
a) ''Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora...'' (Jo 25.6)                                        
b) ''...se é que permaneceis na fé...'' (Cl 1.23).
 c) ''...se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei...'' (1 Co 15.2).                                                                     
d)''... se negligenciarmos tão grande salvação?...'' (Hb 2.3)
e) ''... se, de fato guardarmos firme, até o fim, a confiança...'' (Hb 3.14).   
f) ''... Se retroceder...'' (Hb 10.38).  
g) ''Se, porém, andarmos na luz...'' (1 Jo 1.7).
Advertências Diretas 
A Bíblia contém muitas advertências acerca do perigo de cair da graça. Paulo advertiu os santos que achavam que, fazendo o que quisessem estariam salvos: ''Aqueles, pois, que pensa estar em pé veja que não caia.''
O escritor da Epístola aos Hebreus advertiu que é possível deixar o coração encher-se de descrença, ao ponto de perder a salvação. ''Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo.'' (Hb 3.12). 
A Epístola de Judas leva-nos a meditar nos santos do Antigo Testamento, dos dias de Moisés, quando diz: '' Quero, pois, lembrar-vos, embora já estejais cientes de tudo uma vez por todas, que o Senhor, tendo libertado um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram.'' (Jd v. 5.)
Há uma exortação severa de João, que não deixa dúvida alguma quanto a possibilidade de alguém perder a sua salvação: ''... O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.'' (Ap 2.11.) ''... Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.''
Exemplos da Perda da Salvação
 A Bíblia não apenas ensina que é possível perder a salvação, mas também registra casos de várias pessoas que viraram as costas para Deus, perdendo por completo a comunhão com Ele.
No Antigo Testamento, lemos acerca de Saul que ''...Deus lhe mudou o coração...'' e que ''...o Espírito de Deus se apossou de Saul...'' (1 Sm 10.9,10). Mais tarde, porém, tornou-se possuído de um espírito maligno, e terminou sua vida suicidando-se.
Está dito de Salomão que, na sua juventude, ''...amava ao SENHOR, andando nos preceitos de Davi, seu pai...'' (1Rs 3.3). Mais tarde, porém ele rejeitou a Deus e começou a adorar os falsos deuses (1Rs 11.1-8)
No Novo Testamento, o exemplo mais destacado de um desviado e apóstata, é o de Judas Iscariotes. Judas, no princípio era um verdadeiro crente em Deus, pois jamais Cristo confiaria a um pecador o ministério de evangelizar, curar enfermos, expulsar demônios (Mt 10.7,8). Porém, já por ocasião da última ceia, Judas havia abandonado a fé. O próprio Judas confirmou isto, quando traiu a Cristo e suicidou-se.
Himeneu e Alexandre, dois dos cooperadores de Paulo, após manter a fé e boa consciência, naufragaram na fé, e Paulo os entregou a Satanás (1 Tm 1.19,20).
Demas, outro associado de Paulo, é declarado um ajudante fiel; estava presente quando Paulo escrevia suas epístolas aos Colossenses e a Filemon (Cl 4.14; Fm V. 24). Paulo mesmo o chamou de ''cooperador'' seu . É difícil imaginar que ele não fosse um crente verdadeiro, no entanto, mais tarde ele abandonou a fé, a salvação, por causa do seu amor ao presente século (2 Tm 4.10).  
 Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para tessalônica, Crescente para Galácia, Tito para Dalmácia. 
2 Timóteo 4:10

O PECADO E O CRENTE



O Significado e a gravidade do pecado são melhor compreendidos pelo crente do que por qualquer outra pessoa. Ao longo de toda a narrativa bíblica, o crente é advertido contra o ''... pecado que tão de perto nos rodeia..." (Hb 1.1), e a caminhar para o alvo que é a semelhança da estatura e perfeição do Senhor que o comprou com Seu precioso sangue. Por isso, ao ouvido de cada crente, hoje, deve continuar soando a advertência solene do Mestre: ''... vai e não peques mais." (Jo 8.11.)


É Possível o Crente Pecar?
          
            Para muitos crentes, a descoberta de que após aceitar Jesus como Salvador ainda estavam sujeitos ao pecado, foi tão extraordinária quanto o próprio fato de agora saberem que  eram novas criaturas.

             Que é possível o crente pecar, é assunto que se salienta com toda a Escritura. Só no Novo Testamento há capítulos inteiros, como por exemplo Romanos capítulos 7 e 8 que mostram o conflito interior do crente entre a natureza divina que nele habita, e a natureza humana, mostrando a possibilidade do crente vir a pecar, se deixa de vigiar. Vem ao caso citarmos outra vez. 1 João 1.8,9 (ARC).

'' Se dissermos  que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.''

               Mostramos no Texto anterior que o ''pecado'', no singular, citado no versículo 8, é uma referência direta a natureza caída do homem, donde provêm todos os ''pecados'', no plural, citado no versículo 9. É evidente, portanto, que o crente possui duas naturezas: a natureza caída, sujeita ao pecado, e a natureza divina. Esta última é implantada no crente através da sua ligação com Cristo, a Videira Verdadeira, sobre a qual fala João 15. Enquanto a primeira natureza estiver subjugada, o crente será levado de vitória em vitória.

Qual a Causa do Pecado do Crente?

            São muitas as causas porque o crente é levado à prática do pecado, porém, vamos citar apenas três principais, e também mais conhecidas, que são:

I. A natureza pecaminosa
II. O sistema mundial que está sob o domínio de Satanás (1 Jo 2.15-17).
III. Falta de oração e de cuidadoso estudo das Escrituras (Ef 6.10-18)

            O crente que relaxa o hábito da oração e leitura e estudos da Bíblia, está incorrendo em sérios riscos espirituais, podendo se tornar presa fácil do adversário.

Quais as Consequência do Pecado na Vida do Crente?


            Dentre as muitas consequências do pecado na vida  do crente, vale destacar as seguintes:
a) A perda da comunhão com Deus (1 Jo 1.5,6; Sl 51.11).                                                                 b) Os inimigos encontram oportunidades de blasfemar de Deus (2 Sm 12.4).                                         c) Perda do galardão (1 Co 3.13-15).                                                                                                 d) Possível morte prematura (At 5.1-11; 1 Co 11.30).                                                                         e) Maus exemplos (1 Co 8.9,100.                                                                                                          f) Destruição da fé e consequente morte espiritual (Rm 6.16; 1 Jo 5.16,17).
Como o Crente Deve Tratar Com o Pecado?


               Quanto ao trato que o crente deve dar ao pecado, a Bíblia recomenda que ele deve:


  1. Reconhecê-lo (Sl 51.3).
  2. Evitá-lo (1 Tm 5.22)
  3. Detestá-lo (Jd v. 23).
  4. Resisti-lo com confiança em Deus (Tg 4.7,8).
  5. Confessá-lo (1 Jo 1.9).
  6. Abandoná-lo (Pv 28.13).
                  O apóstolo João escreveu: "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo." (1 João 2:1)

        Em termos de pecado há uma grande diferença entre o ímpio e o homem perdoado, o crente. Com o crente pode acontecer um desastre espiritual, enquanto que o ímpio é um desastre em si mesmo. Ainda que haja diante do crente a possibilidade de pecar, ele sabe que não vale a pena. Ele sabe que o salário do pecado é a morte, por isso mesmo procura a todo custo evitá-lo. O pecado que antes lhe era uma regra, hoje lhe é uma exceção; foi por isso que o apóstolo João escreveu; "...Se, todavia, alguém pecar..." (1 Jo 2.1)
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sexta-feira, 23 de março de 2012

TEM CUIDADO DE TI MESMO

Escrevendo ao jovem pastor Timóteo, disse o apóstolo Paulo. ''Tem cuidado de ti mesmo...'' (1Tm 4.16). Não podemos duvidar de que a vontade do Espírito Santo é que estas palavras também estejam constantemente diante de nós, obreiros cristãos dos dias atuais. Se isto é verdade, vem ao caso perguntar: No que devemos ter cuidado quanto a nós mesmos?
Entre muitas áreas da nossa vida, com as quais devemos ter cuidado, por questão de espaço, vamos enfocar algumas apenas.  
1. Cuidado com a Saúde
A saúde é o maior patrimônio físico que Deus nos tem outorgado. Ela se constitui num bem inigualável que, uma vez perdido, dificilmente será recuperado.
Apesar de tudo quanto aqui temos dito a respeito do valor da saúde, é estranho como muitos de nós, obreiros, tratamos do problema da nossa saúde. Estudando o assunto concluímos que isto acontece pela razão seguinte:
Reconhecemos haver dois tipos de obreiros: Primeiro aqueles que trabalham com Deus, têm-no como um patrão duro e sempre pronto a castigar Seus empregados, se estes, por qualquer razão não executarem a sua tarefa diária.
Enquanto isto, aqueles que trabalham com Deus, pensam e agem diferente. Para eles, Deus é seu Pai, companheiro, amigo dócil e compreensivo, sem jamais deixar de ser Senhor. Ele quer não só o trabalho do Seu servo; quer também a comunhão, a companhia, a saúde e o bem-estar do Seu servo.
Independentemente de qualquer outra coisa, a bem da saúde, será interessante que o obreiro procure preservá-la.
Um pouco de senso e aplicação comum, evitará problemas físicos. Comida sadia como legumes, frutas e carnes com pouca gordura, devem fazer parte de suas refeições. Pouco sal e açúcar também é importante para o bem-estar do corpo. Dormir bem é vital à saúde . Devemos descansar oito horas por noite, conforme somos advertidos pelos médicos. Médicos podem ajudar; outrossim, não devemos evitá-los. E quando necessário for, tomar os remédios que eles nos dão, seguir rigorosamente suas instruções. 
2. Cuidado com a Popularidade
A popularidade é uma ''faca de dois gumes" que tanto pode beneficiar como prejudicar aqueles que a alcançam. É importante que isto seja observado principalmente se relacionado ao ministério que Deus nos deu.
O ministério cristão, dependendo da nossa fidelidade e dedicação a Deus, nos levará a gozar privilégios jamais imaginados. De fato, poucas atividades oferecem tão grandes possibilidades de popularidade quanto o ministério cristão. Porém, o obreiro deve ter consciência dos riscos que ela acarreta.
Ainda que reconheçamos que a popularidade se constitua uma forma de prêmio pela eficiência de quem o tem, o obreiro cristão deve ter sempre em mente as seguintes palavras de Paulo: "...pela graça de Deus, sou o que sou..." (1Co 15.10). Pense sempre no papel da jumenta que repreendeu a Balaão; no grande peixe que tragou Jonas e o lançou na praia; no do jumentinho que Jesus usou como montaria para entrar em Jerusalém; e no galo que Deus usou para despertar a Pedro. Do que tinham eles para se gloriar? De coisa alguma. Assim devemos pensar a nosso respeito.
Conta-se a seguinte parábola: Certo dia, o jumentinho sobre o qual Jesus entrou montado em Jerusalém, deixou sua mãe por um pouco e resolveu dar um passeio pelas margens do rio Jordão. Aproximando-se de um grupo de mulheres que levavam roupa, disse-lhes: "Ei, senhoras, olhem para mim. Lembram-se de alguma coisa?" Furiosas, aquelas senhoras começaram a atirar-lhe pedras. Desgostoso, saiu em direção a uma feira pública, e em meio à multidão, bradou: "Atenção, gente, olhem para mim; lembram-se de alguma coisa? Lembram-se dos ramos e da multidão que gritava ao meu redor?" De forma hostil, também aqui ele foi apedrejado. Cabisbaixo, aproximou-se de sua mãe que, à distância vira tudo. Solenemente disse-lhe a jumenta-mãe: "Oh, criança tola, não sabes tu que sem Ele não vales nada?''.
Referimo-nos a esta parábola como meio de despertar na sua mente, a importância das palavras de Jesus, o exemplo maior das nossas vidas, que dizem: ''...sem mim nada podeis fazer." (Jo 15.5).
3.Cuidado com o Sexo Oposto
Pocas áreas do ministérios requerem tanta vigilância do obreiro cristão quanto aquela que está afeta ao seu relacionamento com as filhas de Eva. Apesar disto, a mulher é indispensável para o seu bem-estar pessoal, seu ministério, seu êxito e felicidade. Reconhecidamente, não há ternura igual à do coração de uma boa mulher.
O obreiro cristão precisa ter cuidado para não se exceder em suas ações e demonstrações de afeto para com as mulheres. Deve também evitar falar com elas com demasiada liberdade, evitando, por exemplo, segurar-lhes a mão o tempo mais que necessário ao cumprimentá-las.
As senhoras mais idosas devem ser tratadas pelo obreiro, como se fossem sua mãe; as da sua faixa de idade, como se fossem suas irmãs carnais; as mais novas como se fossem sua próprias filhas. Deve reprendê-las sempre que se fizerem repreensíveis; cuidado, porém, com as más aparências que sempre terminam em prejuízo para o seu ministério.
Sempre que tiver de tratar de algum assunto com uma irmã, que o obreiro tenha cuidado de se fazer acompanhar de sua esposa ou de um obreiro da sua confiança. Isto ajudará no sentido de que nenhuma má impressão ou suspeita seja levantada contra a moral do obreiro, como também lhe dará livre curso entre os demais membros da igreja.
4. Cuidado com a Auto-Suficiência
A auto-suficiência constitui-se num dos maiores perigos a que o obreiro cristão está sujeito, principalmente aqueles que têm uma expressiva folha de serviços ministeriais. O obreiro que se julga auto-suficiente no seu ministério, passa a pensar e agir em termos de comparação. Os tais raciocinam assim: "Aqueles que antes de mim aqui trabalharam pouco ou nada fizeram, e aqueles que aqui trabalharão após mim, nada mais do que eu poderão fazer''. Isto é exaltação, e a exaltação é uma das coisas mais detestáveis, à qual o obreiro cristão deve estar imune.
O obreiro cristão humilde e comprovadamente servo, cedo descobrirá que por mais dinâmico que seja, o progresso da obra de Deus sob sua responsabilidade não depende primeiramente de sua influência e dinamismo, mas da operação soberana de Deus, o Senhor da Igreja. Paulo disse: ''Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento." (1Co 3.6,7).
O Pastor cuida das ovelhas, alimenta-as e protege-as, mas, só ovelhas geram ovelhas; só igreja gera igreja. Isto significa dizer: a Igreja é em si mesma o agente humano através do qual Deus age para o seu próprio crescimento. Portanto, não temos por que nos gloriar, pois, por muito que estejamos fazendo, não estamos fazendo mais do que ninguém, pois, somos ''...servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer" (Lc 17.10). É Deus que opera em nós "...tanto o querer como o realizar..." (Fp 2.13).
5.Cuidado com o Temperamento
O temperamento é a "marca registrada" de todo ser humano, e serve para distinguir os indivíduos quanto ao comportamento. Ele é parte inseparável da personalidade humana, e assim o será do nascimento á morte.
Os estudiosos do comportamento humano, desde Hipócrates (460 a 370 a.C.), classificam os temperamentos em números de quatro: Sanguíneo, Colérico, Melancólico e Fleumático. Estes podem mostrar-se como qualidades ou defeitos, dependendo dos motivos que levem o homem a agir, seja pela operação do Espírito Santo, seja pelo instinto natural que domina o coração do homem embrutecido e sem Deus.
O obreiro cristão precisa conhecer o seu temperamento e tê-lo controlado, porque, devido o seu intenso trabalho , ele corre risco de se deixar dominar por sentimentos incontroláveis que o levem a tratar mal a seus familiares e demais pessoas que o cercam, por meio da fala, gestos, atitudes e outros atos.
Para exercer perfeito controle sobre o seu temperamento, o obreiro cristão precisa permitir que o Espírito Santo o domine e o faça um exemplo digno de ser imitado. Deve ter cuidado com a língua, evitando dizer tudo o que quer, pois , disse alguém que aquele que diz o que quer, terminará ouvindo o que não quer.
Tenhamos cuidado para não confundir franqueza, com má educação; autoridade com arrogância; coragem com brutalidade e otimismo com prepotência. 

quinta-feira, 15 de março de 2012

A DIGNIDADE DO PÚLPITO

Todas as grandes instituições do mundo tem a sua especial e seleta tribuna de comunicação polivalente a qual só pode ser ocupada por alguém capaz e preparado para tal missão. O templo evangélico também tem o seu centro específico e sagrado para tanto, que é o  púlpito.
O Púlpito e o Sinai
O púlpito deve ser para o obreiro o que o Sinai foi para Moisés. O púlpito é o trono do pastor, se assim podemos chamá-lo. A ele só devem subir e lá permanecer homens diferentes, realmente nascidos de novo, puros e santos. Homens cujas vidas se pautam por ideias altos e nobres; homens cuja ambição maior é a de, em tudo, seguir o exemplo dAquele que constitui pastores e guias espirituais do Seu povo aqui na Terra.
O púlpito é a coluna sobre a qual se posta o atalaia que Deus constitui vigia de Sua lavoura.
No Antigo Testamento, só Moisés e aqueles a quem Deus escolheu, podiam subir ao monte Sinai. Somente os sacerdotes podiam ministrar no tabernáculo e no templo, e apenas ao sumo sacerdote era permitida entrada no recinto do Santo dos Santos.
O lugar do púlpito no templo é altamente sagrado, e só o pastor e demais obreiros chamados por Deus e em sintonia e comunhão com Ele deve, tomar assento nele.
Cuidados Quanto ao Uso do Púlpito
O púlpito de um templo evangélico, consagrado que é a Deus, não deve ser usado por pessoas estranhas a ele!
O obreiro deve ter cuidado para não fazer do púlpito uma espécie de picadeiro de circo, de onde conta anedotas para fazer a congregação rir; do contrário, logo ele será tido pelos crentes na conta de pregador irreverente, profano, vazio e iludido pelo seu próprio espírito
A dignidade do púlpito firma-se no modo sério, santo e reverente como o usamos; por isso ao usá-lo, devemos fazê-lo de modo correto.
 Ao Assumirmos o Púlpito
Ao assumirmos o púlpito de um templo evangélico, tenhamos em mente o grandioso e sagrado deve elevar o nome de Deus, não só pela maneira como falamos, mas também pela maneira como nos comportamentos diante do mesmo, e da congregação do Senhor, lembrando que a maneira como nos comportamos no púlpito quando fazemos uso dele, independentemente da nossa pregação, resulta em efeitos bons ou maus para a congregação.
''Ao ocupar o púlpito, guiemos os homens e mulheres cansados ou rebeldes, exultantes ou deprimidos, ardorosos ou indiferentes, para o ''esconderijo do Altíssimo'' (Sl 91.1). Auxiliemos os que estão carregados de pecados a alcançarem a fonte da purificação, os escravos do mal a alcançarem libertação espiritual. Ajudemos o coxo e o paralítico a recuperarem a agilidade perdida. Socorramos as asas partidas, encaminhado-as à luz curadora dos ''lugares celestiais em Cristo Jesus'' (Ef 2.6). Enviemos os corações sombrios ao calor da graça. Auxiliemos, os levianos a se vestirem com o ''vestido de louvor'' (Is 61.3). Ajudemos a livrar os fortes, do ateísmo do orgulho, e os fracos, do ateísmo do desespero. Auxiliemos as crianças a verem a gloriosa atração de Deus, e os ateísmo do desespero. Auxiliemos as crianças a verem a gloriosa atração de Deus, e os adultos a perceberem o envolvente cuidado do Pai e a certeza do lar eterno''.                                                                                                                         
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O PERÍODO ROMANO (a partir de 63 a.C.).

Roma foi fundada no séc. VIII e no séc. V a.C. ela foi organizada numa forma republicana de governo. Após algumas conquistas bélicas realizadas na extremidade oriental da bacia do Mediterrâneo, sob o comando Pompeu, e na Gália, sob o comando de Júlio César, o império romano se expandiu.
Após a morte de João Hircano, que marcou o fim da linhagem de sumos sacerdotes hasmoneus e macabeus, o governo passou a ser exercido por Antípater (Pai de Herodes, o Grande), o idumeu (descendente de Esaú), que foi nomeado procurador da Judéia por Júlio César em 47 a. C. Antípater nomeou Herodes, seu filho, governador da Galiléia quando ele tinha apenas 15 anos de idade (segundo Josefo). Herodes recebeu o título de "rei dos judeus" no ano 40 a. C. e se casou  com Mariamne, neta de João Hircano. Odiado pelos judeus, fez o possível para agradá - los com vários privilégios e iniciou a reconstrução do templo em 19 a. C. que veio a ser o centro de adoração judaica nos dias de Jesus. A beleza do templo era tal que um provérbio da época dizia: "Quem jamais viu o templo de Herodes, nunca viu o que é belo".
Herodes era muito cruel e intentou exterminar a dinastia dos hasmoneus por temer a usurpação de seu trono. Mandou matar os três irmãos da mulher, e mais tarde a própria esposa; matou a sogra e os dois filhos que tivera com Mariamne.
Os judeus eram tratados com generosa consideração durante todo o tempo em que estiveram submissos ao domínio romano. O Judaísmo tornou - se uma das religiões legalmente reconhecidas do império o que significava que ele era amparado pela autoridade romana. Os judeus tinham seu próprio corpo judicial e legislativo. O Sinédrio tinha jurisdição em todas as questões criminais e civis. Herodes governava a Judéia  no tempo em que Jesus nasceu; foi ele quem ordenou a matança das crianças ao redor de Belém, após o nascimento de Jesus. Com a morte de Herodes, o Grande, de acordo com sua vontade expressa pouco antes de morrer, seu três filhos entraram na posse de seus domínios. Arquelau foi constituído rei da Judéia (incluindo Samaria e a Iduméia), Antipas tornou-se tetrarca da Galiléia e Peréia, e Felipe, tetrarca de Tracônites e regiões adjacentes. 
  

O PERÍODO MACABEU (165 a.c. - 63 a.C.)

O Início da Revolta dos Macabeus; ardia no peito dos judeus o sentimento de revolta a perseguição religiosa atingia agora todo o pais. Faltava apenas um líder para dar o grito de revolta, todos estavam em torno de um mesmo ideal,''Independência''.
Todo esse sofrimento imposto ao povo escolhido, provocou uma revolta e resistência iniciada por um idoso sacerdote chamado Matatias, habitante de Modim, situada entre Jerusalém e Jope. Matatias era bisneto de Hasmoneu e pai de cinco filhos valorosos, João, Simão, Judas, Eleazar e Jônatas, que ficaram conhecidos como os ''macabeus'' e ''hasmoneanos'' (''macabeu'' é o nome derivado do termo hebraico para martelo). A ação, que deu início à revolta, s deu quando Matatias matou um judeu que fora oferecer um sacrifício sobre o altar real, bem como ao oficial sírio que fora supervisionar o mesmo, e então conclamou a todos que fossem zelosos pela lei para que seguissem a lele e a seus filhos. A revolta dos macabeus havia começado. Eles se refugiaram nas montanhas do deserto e muitos dos fiéis reuniram- se a eles com suas famílias. Matatias organizou um exército que começou a resistir à politica de helenização da Palestina, e começaram a atacar cidade após cidade, matando os judeus traidores, derrubando os altares idólatras e restaurando, aos poucos, a religião judaica.
Após um ano, com a morte de Matatias, Judas o sucedeu no comando. Ele reuniu 6.000 homens para a luta e partiu para campo de batalha derrotando dois exércitos numa batalha acirrada, matando ambos os comandantes. Antíoco enviou uma terceira expedição, mais numerosa, com 50.000 soldados, que também fora derrotada. Depois disso, foi enviado um grande exército de 60.000 soldados de infantaria e cavaleiros, dentre os melhores, que também foi derrotado pelo pequeno exército de Judas Macabeu. Pouco tempo depois, Epifânio morreu e Judas estendeu seu controle sobre grande parte da Palestina, incluindo partes de Jerusalém.
Com essas milagrosas vitórias, Judas entrou em Jerusalém e reedificou o templo (25 de dezembro de 165 a.C.), aniversário de sua profanação três anos antes, os sacrifícios e a adoração a Javé foram restaurados (I Macabeus 4). Esse acontecimento foi lembrado pelos judeus como a ''Festa da Dedicação" (Jo 10.22).
Com a morte de Epifânio, Lísias, comandante dos exércitos, invadiu a Judéia com um exército de 120.000 homens. Quando estavam impondo uma derrota sobre o exército judeu, uma notícia sobre um regente rival na capital da Síria, fez com que ele promovesse um acordo de paz com a Judéia prometendo a restauração de todas as liberdades religiosas. Tudo isso ocorreu num momento em que os judeus estavam a ponto de serem esmagados. Judas fez uma aliança com Roma para combater a Síria, mas antes de desfrutar dos resultados dessa aliança, ele sucumbiu numa batalha contra o exército sírio. Seu irmão Jônatas o substituiu tornando - se também sumo sacerdote, unindo assim a autoridade civil e religiosa em uma única pessoa e dando início a linha de sacerdotes "hasmoneanos". Ele foi um guerreiro capaz e obteve vitórias que lhe rendeu o respeito por parte dos governantes sírios.
A Judéia ficou livre de todas as tropas estrangeiras e a partir do ano 142, passou novamente a ser governo independentemente até o anos 63 a.C. quando Roma, no comando do general Pompeu, interviu em Jerusalém devido a uma guerra civil pela disputa do poder da dinastia hasmoneana entre os irmãos Aristóbulo e Hircano, e pôs fim a independência israelita e a dinastia hasmoneana. 

quarta-feira, 7 de março de 2012

AS INSTITUIÇÕES


O Templo. O Templo era o centro da vida religiosa dos judeus. O papel do templo na vida de Israel tem importância fundamental. O assunto tem suas raízes no tempo de Moisés e na ordem da construção do tabernáculo, que era portátil, e foi utilizado para o serviço sagrado durante os quarenta anos da peregrinação no deserto.
O primeiro templo, construído por Salomão, foi idealizado por Davi que foi impedido por Deus de construí-lo. O local da construção do templo foi terreno que Davi comprou de Araúna (I Cr 21.18-22.6). Esse templo de Salomão se tornou preeminente como símbolo de unidade nacional e  religiosa. Ele teve uma existência de 410 anos quando foi destruído pelos babilônios no anos 586 a.C.
Durante o exílio, as sinagogas tiveram sua importância pra a vida religiosa dos judeus, mas não substituíram o templo. A adoração no sentido rigoroso como os judeus concebiam, só era possível no templo. Os sacrifícios prescritos pela lei mosaica só podiam ser legitimamente oferecidos no templo.
Com a autorização real para voltar para Jerusalém, os judeus voltaram com o objetivo de construir o segundo templo. Em 516, o templo mais humilde que o de Salomão foi terminado, setenta anos após a destruição do primeiro, e dedicado a Deus. Ele passou a ser conhecido como ''O Templo de Zorobabel''. Esse segundo templo não todos os artigos originais, alguns vasos sagrados, levados para a Babilônia, foram trazidos de volta. Os utensílios trazidos de volta da Babilônia estão alistados em Esdras 1.9-11, mas a Arca não estava mais em posse dos judeus, trata de quatro teorias quanto à história subsequente da Arca:
  1. Foi destruída junto com o templo, já que não é mencionada na lista de Esdras 1. 9-11.
  2. A Arca foi destruída ou mantida na Babilônia e, por isso, não consta na lista. 
  3. Se o apocalipse 11.19 for uma referência à Arca da Aliança, ela está agora no céu.
  4. A quarta teoria é a mais popular e presume que a Arca foi escondida pelos sacerdotes, antes da destruição do templo em 586 a.C., e só será trazida à luz quando o Messias restaurar o terceiro templo.
O templo de Zerobabel foi saqueado e profanado por Antíoco Epifânio em 168 a.C., mas depois de restaurado por Judas Macabeu, durou até a época de Herodes, o Grande, que no ano 19 a.C. deu início à reconstrução do templo com o dobro do tamanho do anterior. Essa construção só foi concluída no ano 64 d.C. Essa construção não foi considerada como a do ''Terceiro Templo'', como pretendem alguns arqueólogos, pelo fato de não ter cessado o culto local e, também porque, essa porque, essa terminologia. (terceiro templo), nunca foi adotada. Ela é usada hoje para indicar uma construção futura do templo.
Os serviços eram feitos sob a direção exclusiva dos sacerdotes e dos levitas que eram seus auxiliares no preparo dos sacrifícios e no cuidado do templo. Foi nesse templo, inacabado, que Jesus fez tantos milagres. Jesus teve por certa a instituição divina do templo e o chamou de ''a casa do meu Pai'' (Jo 2.16). Ele predisse sobre a sua destruição iminente (Mc 13.1,2), expulsou os cambistas do templo e disse: ''A minha casa será chamada casa de oração''.
O Sinédrio. O sinédrio era o nome dado ao superior tribunal civil e religioso da nação judaica. O termo ''sinédrio'' vem do vocábulo grego "sinédrion" ("sun", com, e "édra'', assento), e significa: ''sentados juntos'' (os membros do sinédrio se assentavam em semicírculo). Em algumas versões o termo é traduzido por ''concílio'' (vide Mt 5.22; 26.59; Mc 15.55; Lc 22.66; Jo 11.47; At 5.41; 6.12; 22.30).
O sinédrio era composto por um grupo de setenta e um anciões judeus e era presidido pelo sumo-sacerdote (no total de setenta e dois). Ele era formado pelo presidente (sumo-sacerdócio), por 24 "principais sacerdotes'' que representavam todas as 24 ordens do sacerdócio (I Cr 24.4,6), por 24 ''anciãos'' que representavam o laicado, às vezes eram chamados de ''anciãos do povo'' (Mt 21.23), e por 22 escribas, peritos na interpretação da Lei em assuntos tanto religiosos como civis.
Quanto à sua origem, a tradição judaica (Mishanah), atribui à época em que Moisés designou os setenta anciões para julgar o povo (Nm 11.16). Após o exílio, o sinédrio teria sido reconhecido por Esdras. A primeira menção explícita ao sinédrio se encontra na literatura de Josefo (Antiguidades), quando escreveu sobre o período de Antíoco III (223 - 187) e trata sobre o "senado'' dos judeus com liberdade para agir como um corpo governamental da Palestina.
O sinédrio era de caráter legislativo, judiciário e religioso. Ele exercia jurisdição civil e criminal, tinha autoridade administrativa, e podia ordenar aprisionamentos por seus próprios oficiais de justiça (Mt 26.47; Mc 14.43; At 4.1). Tinha o poder de julgar casos que não envolvessem punição capital (At caps. 4 e 5). O único caso de punição capital em conexão com o Sinédrio do NT foi o caso de Jesus.
Sua jurisdição incluía até mesmo os judeus da dispersão (At 9.1,2). Além de Jesus, acusado de blasfêmia (Mt 26.57ss; Jo 19.7), os apóstolos também enfrentaram o Sinédrio. Pedro, João e Paulo (At 4.1ss;capítulos 22-24). Além do sinédrio central em Jerusalém, o ''Grande Sinédrio'', havia sinédrios menores (Mt 5.22), as questões menores eram julgadas pelos sinédrios locais que funcionavam no segundo e no quinto dia de cada semana. O Grande sinédrio julgava as questões mais sérias em ocasiões definidas, exceto aos sábados e dias de festa. O período de maior influência do sinédrio vai do estabelecimento do domínio romano 963 a.C.), até a destruição de Jerusalém (70 a.C.) quando o sinédrio foi abolido. A partir daí, a Palestina passou a ser governada pela administração provincial de Roma. Algumas das principais funções do sinédrio foram:
  1. Supervisão sobre a pureza da linhagem direta e legal do sacerdócio
  2. Julgamento de imoralidade entre as esposas e filhas dos sacerdotes
  3. Superintendência religiosa da nação judaica.
  4. Prisão e julgamento de falsos profetas hereges.
  5. Determinação sobre a ampliação dos limites da cidade ou do templo
  6. Indicação de sinédrios menores
  7. Organização do calendário judaico 

terça-feira, 6 de março de 2012

TRÊS GRANDES CONSELHOS


 " Quem despreza o conselho se arruinará; quem respeita o mandamento será salvo. O conselho do sábio é fonte de vida para evitar os laços da morte. Bom senso alcança favor, mas o caminho dos traidores conduz para a ruína." (Pv 13.13-15)
Sabemos que a vida é uma coletânea de coisas boas e más. Ter coragem para enfrentar as más, logicamente abrirá as portas para as boas coisas entrem livremente. Todas as vezes que pessoas curvaram suas cabeças e se conformaram com o que estava sendo imposto sobre elas, houve sofrimento. E os sofrimentos quase sempre estão condicionados ás nossas atitudes de passividade. Precisamos saber que, quando à fé, é necessário ler a Palavra e reconhecer nela os princípios de vida.
A narrativa a seguir revela o impressionante poder que conselho tem na vida do ser humano.
* "Um jovem casal, recém casados, era muito pobre e um dia o marido fez a seguinte proposta à esposa: Querida, vou sair de casa e trabalharei até que eu tenha condições de voltar e lhe dar uma vida mais digna e confortável. Apenas peço que você me espere e seja fiel a mim, pois eu serei fiel a você.
* O jovem esposo saiu e encontrou um fazendeiro que lhe ofereceu trabalho. Antes, porém, o jovem pediu para fazer um pacto com o patrão, o que foi aceito. O pacto foi o seguinte: Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu seguirei o meu caminho.
* Passaram-se vinte anos, sem férias e sem descanso, ele chegou para o seu patrão e lhe disse: Pode me pagar, pois estou voltando para a minha casa. O patrão lhe respondeu: Tudo bem, afinal, fizemos um pacto e eu vou cumpri-lo, só que antes eu quero lhe fazer uma proposta: lhe dou o seu dinheiro e você vai embora ou lhe dou três conselhos. Então o patrão: Dê-me os conselhos. Então o patrão lhe falou:
1º - Nunca tome atalhos em sua vida. Caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida.
2º  - Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade para o mal pode ser mortal.
3º - Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais.
* Após dar os conselhos, o patrão disse-lhe: Pegue esses três pães, sendo dois para comer durante a viagem e o terceiro para comer quando chegar a sua casa.
Depois do primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que lhe perguntou: Pra onde você vai? Ele respondeu: Vou para um lugar que fica a mais de vinte dias de caminhada. Então o andarilho disse-lhe: Conheço um atalho e você chegará ao seu destino em poucos dias.
Contente começou a seguir pelo atalho, quando lembrou do 1º conselho, então voltou e seguiu o seu caminho normal. Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada.
Posteriormente, achou uma pensão onde hospedar-se. De madrugada, acordou com um grito estarrecedor. Levantou-se, e quando ia abrir a porta lembrou-se do 2º conselho. Voltou e continuou a dormir. Pela manhã, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido o grito e ele lhe disse que sim. O hospedeiro respondeu: Você é o primeiro hóspede a sair daqui vivo, pois meu filho tem crises de loucura, e quando o hóspede sai, mata-o e enterra-o no quintal.
Dias depois, já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha. Estava anoitecendo, mas ele pôde ver sua esposa acariciando os cabelos de um homem. Ao que seu coração se encheu de ódio e decidiu-se matá-los sem piedade, quando se lembrou do 3º conselho. Foi então que decidiu dormir aquela noite ali mesmo.
Ao amanhecer, ele disse: Não vou matar minha esposa e nem o seu amante. Voltarei para o meu patrão e pedirei que me aceite de volta, mas antes eu quero dizer à minha esposa que eu fui fiel a ela. Dirigiu-se à porta da casa e bateu. Quando a esposa o vê, reconhece-o e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então com lágrimas ele lhe diz: Fui fiel a você, mas me traístes. Espantada, lhe pergunta: Como? Eu nunca lhe traí. Ele então lhe pergunta: E o homem que estava acariciando ontem? Diz ela: Ele é o nosso filho, quando você foi embora, descobri que estava grávida.
Então o marido abraçou o filho e contou-lhes toda a sua história. Sentados para comer juntos o último pão, após a oração em agradecimento, ele parte o pão e ao abri-lo, encontra rodo o pagamento pelos 20 anos de trabalho".
Diante desta história, concluímos que muitas vezes achamos que o atalho ''queima etapas'' e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade. Também, muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos acrescentará. Outras vezes, agimos por impulso na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois.
Assim como o personagem desta história, que ouviu a voz do sábio, nós também precisamos ler e pôr em prática os conselhos que a Bíblia nos dá, se de fato desejamos uma vida bem sucedida.
Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam. 
Provérbios 15:22

sexta-feira, 2 de março de 2012

FUNDAMENTOS TRANSTORNADOS

"Na verdade, que já os fundamentos se transtornaram; que pode fazer o justo" (Sl 11.3)
Os dias hodiernos são marcados pela inversão de valore, o relativo  está se tornando absoluto e o absoluto está se tornando relativo.
O homem da pós-modernidade é escravo das conveniências, a fala  está distante de prática, as palavras estão divorciadas da ação e o jogo de interesse supera a razão.
Os dias em que estamos vivendo estão marcados por uma falta de bom senso, falta de sensibilidade e de espírito mais piedoso. Há uma crise existencial sem precedentes avassalando o caráter, a conduta e o comportamento social. "Os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganado e sendo enganados. Isto porque, o pior já tinha sido escolhido como estilo de vida." (2Tm 3.13).
Fundamentos morais
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto crescer a injustiça, de tanto ver agigantearem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, e rir-se de honra, a ter vergonha de ser honesto." (Rui Barbosa).
Há pouco tempo vi e ouvi em rede de televisão, um marginal dizer: "eu sou um exemplo para a sociedade".
A moralidade - Nos dias hodiernos, falar em moral, moralidade, é uma coisa ultrapassada.
Honradez  - Quando um professor falou em sala de aula, dizendo "eu tenho três filhas, e aviso-lhes dizendo: cuidado com a vossa honradez, quem perde a honra nunca mais recupera", isso serviu para assobios e gritos pela maioria dos alunos.
Princípios de conduta ética - Falar em conduta e ética numa sociedade moderna, quando o jogo de interesses supera a razão? É um absurdo. É uma conduta ilibada, sem mácula, sem nódoa, sem caruncho, sem mancha. (1Pe 5.25-27; 2Co 11.2).
A honestidade - Hodiernamente, parece até que o " vírus da defraudação" permeia como um componente nas veias de muitos, como se isto fosse normal. Em alguns países árabes, quando um homem é apanhado roubando, cortam-lhe a mão.
Conta-se que certa mulher aparentava grávida, ao sair de uma mercearia, e o guarda desconfiado, revistou-a: e encontrou dentro das suas vestes: manteiga, doces, frasco de mel , tubos de creme dental, frasco de tônico capilar e uma torradeira. O roubo em lojas é apenas uma fatiazinha do bolo da desonestidade humana.
Hoje, em nossa sociedade, há tantos registros de desonestidade, quais sejam: As toalhas dos hotéis? E os talheres levados no bolso? E as colas na prova? E o material escolar que é levado do escritório para casa? E as oito horas recebidas  e que não foram trabalhadas? E os relatórios de perdas de veículos cobertas pelo seguro? Que dizer do dinheiro público que é levado em meias, cuecas, sacolas, malas, bolsas, etc.?
"Se o desonesto, soubesse as vantagens de ser honesto, seria honesto pela sua desonestidade."
Fundamentos políticos
O século XXI já está marcado pelo cinismo, pela falta de ética, pela falta de respeito á coisa pública, pela falta de uma postura com dignidade.
Desde o tempo de Jesus, os governantes não sabiam fazer a diferença entre a mentira e a verdade. O governador Pilatos ficou extremamente admirado quando Jesus afirmou que veio para dar testemunho da verdade. Pilatos, logo perguntou "que é a verdade?" (Jo 18.37,38).
Cada época que passa pior está ficando, o jogo sujo sem escrúpulo impregnou e cauterizou a consciência de muitos daqueles que representam a nação.
A visão de mundo, na sua maioria, é distorcida, é a lei do mais forte, salvem-se quem puder. Para uns o importante é o vil metal, e nessa corrida desenfreada se deixam levar pela ganância e pela usura, corrompendo-se.
Para outros, o que faz a diferença é o status social. Em nossa modernidade a máxima é: "não importa os meios para chegar aos fins"; consciências cauterizadas, insensíveis, de homens corruptos e corruptores estão dirigindo os destinos sociais.
Hoje em nosso país, a marca registrada é "toma lá dá cá". A frieza com que os indivíduos sem nenhuma compostura estão criando leis e normas jurídicas recheadas de conveniências próprias é surpreendente.
Existem quatro armadilhas perigosas no convívio social: Fortuna, Fama, Poder e Prazer.
Fortuna - Dinheiro, dinheiro, dinheiro. Coisas que tem uma etiqueta de preço. O que há por trás de tudo isso? O desejo de possuir, de apossar-se, de juntar riquezas.
O sentido é de impressionar os outros. O bastante nunca é bastante. A satisfação está fora de questão.
Jamis alguém resistiu á cobiça sem que travesse uma luta ao mesmo tempo incansável e feroz. O deus chamado fortuna tem morte lenta e dolorosa.
Fama - É o anseio de ser popular. Ser amado. É a fome de ser conhecido, de criar um nome para si mesmo. O tempo todo há uma preocupação estonteante em torno de uma agenda egocêntrica, nome lá em cima, sob o foco dos holofotes.
Poder - Os que buscam o poder desejam controlar, governar os outros. Querem ocupar cargos de autoridade e fazer as coisas á sua maneira, conforme sua vontade. Para manter-se em posição de destaque manipulam e manobram pessoas escondendo a verdade por detrás de máscaras sorridentes e palavras piedosas. Dê á certas pessoas autoridade suficiente para liderar e não demorará muito que pensaremos que foram discípulos de César. O apóstolo Pedro advertiu-os contra "Dominadores dos que vos foram confiados." (1Pe 5.3).
Prazer - É o desejo de satisfazer-se não importa o custo. "Quero o que quero quando quero. Vou ser feliz, preciso realizar-me, gratificar meus desejos... a despeito de!"
Ao cedermos a esse tipo de tentação, racionalizamos as Escrituras, baixamos nossos padrões de moralidade, desprezamos as punções da consciência e, assim , convencemo-nos não apenas de que está tudo bem, mas de aquilo é uma necessidade. Observe a advertência de Paulo em Romanos 1.21,22. Cuidado com o "cessar fogo" de Satanás.
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O justo se alegrará no SENHOR, e confiará nele, e todos os retos de coração se gloriarão. 
Salmos 64:10

quinta-feira, 1 de março de 2012

A BÍBLIA E A ARQUEOLOGIA E OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO

DEFINIÇÃO E HISTÓRIA


Arqueologia é a ciência que estuda o passado humano e as civilizações antigas a partir de testemunhos concretos. Para a tradição judaico-cristã a arquelogia sempre teve um significado especial. Desde os tempos de Justino Mártir (2º. séc. a. C.) já havia um interesse arqueológico incipiente entre os cristãos. Nos últimos duzentos anos a arquelogia bíblica tem se desenvolvido muito. Israel, Jordânia, Egito, Síria, Líbano,Iraque, Turquia, Grécia, Chipre e Itália  são os principais países onde é realizada a pesquisa arqueológica bíblica, que procura relacionar descobertas arqueológicas com narrativas do texto sagrado.
Os primórdios dessa pesquisa concreta teve início do século XIX, quando o estudioso alemão Seetzen explorou a Transjordânia , e descobriu Cesaréia de Filipe, Amã ( Rabá 2Sm 11.15) e Gerasa. Em meados do século XIX, o francês De Saulcy foi o primeiro a escavar sítios arqueológicos na atual Palestina. Já o inglês Charles Clermont-Ganneau recuperou, por volta de 1870. a famosa inscrição em pedra que proibia, sob pena de morte, o axesso de gentios ao pátio do templo.
Todavia, foi somente no final do século XIX que surgiu o primeiro grande arqueólogo das terras bíblicas. Foi o inglês Sir Flinders Petrie, primeiro trabalhando no Egito e depois na Palestina, que estudou a cerâmica antiga e desenvolveu um sistema de datação dos períodos e fatos bíblicos observando e registrando as diferenças na forma, textura e pintura da cerâmica. Petrie estudou as várias camadas de terra dos sítios antigos e descobriu que estratos tinham uma ordem cronológica. Outro arqueólogo muito importante no século XX foi o americano Willian F. Albright, não somente por sua perícia e conhecimento, mas também porque seu pressuposto era que a Bíblia é um documento historicamente confiável.
No século XX, devido ao surgimento da chamada "New Archaeology" , a arqueologia das terras bíblicas passou denominada "Arqueologia Siro-palestina". A ideia dessa nova perspectiva é que a arqueologia da região deveria ser percebida da perspectiva científica. A característica peculiar do Oriente Próximo com seus aluviões e célebres "tells" deveria delimitar a arqueologia do Oriente Próximo. Além disso, a arqueologia passou a ter uma abordagem multidisciplinar (valendo-se dos estudos de arquitetos, antropólogos, geólogos e osteólogos) e não considerar o texto bíblico como historicamente exato. A arqueologia britânica Katheleen Kenyon foi um dos expoente da nova abordagem. Sua obra teve grande impacto na estragrafia.
O PROGRESSO CIENTÍFICO
 A arqueologia atual conta com uma gama técnicas e análises que vão muito além da mera "pá e picareta".. Segue uma relação da complexidade dos seus níveis de análise:
Análise da Numismática: As moedas ajudam a datar as camadas onde são encontradas. As moedas começaram a ser usadas na Ásia Menor pelos lídios por volta de 650 a.C.
Análise Osteológica: Os restos de esqueletos encontrados são conservados, identificados e analisados. Observa-se idade, sexo, alimentação e patologias. Esse é o trabalho de um antropólogo. Algumas escavações também contratam zoólogos para fazer a mesma análise dos restos de animais.
Análise Etnoarqueológica: As características étnicas são estudadas, e se fazem comparações entre os resultados desse estudo e a informação cultural obtida das antigas camadas do sítio arqueológico.
Análise do Solo: Amostras de terra são analisadas para ajudar a determinar a concentração de pessoas e animais no sítio e para identificar o que comiam. Sementes carbonizadas e outras partículas são separadas, e ás vezes tratadas quimicamente para determinar o teor alcalino e ácido do solo.
Análise da Cerâmica: Todos os utensílios são guardados, bem como os cacos, bordas, bases, alças. A textura da argila, a decoração de superfície ou pinturas características diferentes são analisadas. São úteis na datação do material. As peças são catalogadas, desenhadas e fotografadas para estudos posteriores.
Análise Especializada:
Dendrocronologia: Datação baseada no crescimento dos anéis na madeira das árvores.
Radiocarbono (radiocronometria) (C 14): datação baseada no nível de resíduo de carbono 14.
Potássio-argônio: Datação de um mineral baseado no nível de redução do potássio original.
Termoluminescência: Datação de cerâmica baseado na energia radioativa acumulada na cerâmica desde o dia em que foi queimada no forno.
Busca de fissuras: Datação por meio de microscópio de elétrons que registra a concentração de fissuras fósseis no vidro natural, no vidro fabricado e em outros materiais.
Arquemagnetismo: Datação por meio da intensidade do campo magnético da terra contida nos objetos de argila na época em que esfriaram depois de queimados no forno.
Flourine: Datação relativa de ossos em que se mede o flourine absorvido da terra pelo solo, comparando-se esse nível com o de outros ossos na mesma área (não é absoluta).
Teste radiométrico: Datação de ossos e de objetos baseada na quantidade de urânio presente (não é absoluta).
Conteúdo de colágeno: Datação de ossos pela quantidade de colágeno (baseada na quantidade de nitrogênio dos ossos).
Análise de pólen (palinologia): Análise de grãos de pólen em relação ao solo e ao ambiente do qual foram extraídos (nível de acidez do solo, aridez do clima etc.).
OS PERÍODOS DA ARQUEOLOGIA BÍBLICA
A arqueologia bíblica é dividida em períodos específicos, classificados com base no nível de desenvolvimento da civilização. Tal classificação leva em conta a tecnologia dos metais utilizados pelo grupo humano em vista.
Os primeiros Manuscritos do Mar Morto (MMM) foram achados por acaso numa caverna, nas encostas rochosas do deserto da Judéia, em março de 1947, por um pastor beduíno que procurava uma cabra perdida. Foram achados jarros com manuscritos de diversos livros sagrados de uma comunidade de judeus essênios. Posteriormente, vários outros manuscritos foram encontrados em outras cavernas. O material encontrado, datado desde o III séc. aC até o ano 68 AD, estava em Cunrã, em Wadi Murabba't , em Wadi Daliyeh, em Massada e nas cavernas de Nahal Hever e Se'elim. O histórico dos achados pode ser aqui resumido:
Em Cunrã. O material estava em 11 cavernas (ou grutas).
Na Caverna 1 (1Q) foram achados o Grande Manuscrito de Isaías (1QIs), a Ordem da Comunidade, Hinos de Gratidão, a Ordem da Guerra dos Filhos da Luz (comentário de Habacuque0 até 1947. Em 1949 foram achados cerca de outros 70 fragmentos.
Nas Cavernas 2, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 havia apenas fragmentos de mais de 130 manuscritos.
Em 1952 a Caverna 3 trouxe a surpresa do achado do grande manuscrito de cobre, com uma lista de tesouros do templo e de seus lugares.
Na Caverna 4 foram encontrados em 1952 cerca de 400 manuscritos, sendo 100 deles manuscritos bíblicos. Com exceção de Ester, todos os livros do AT estavam representados, além de haver também muito material apócrifo e pseudepigráfico.
Em 1956 a Caverna 11 mostrou rica em material bem preservado. Entre os manuscritos achou-se o livro de Salmos, o livro de Jó em aramaico, Levítico (na escrita antiga) e muitos fragmentos. Em 1967 foi achado o Manuscrito do Templo (o mais extenso de todos).
Em Wadi Murabba'at. a 17 Km ao sul de Cumrã, duas cavernas revelaram seus achados em 1951-52. Além dos manuscritos ligados ao exército do Bar Kochba, foi encontrado um manuscritos com o texto dos doze profetas menores quase idêntico ao que conhecíamos.
Em Wadi Daliyeh. Nesse local perto de Jericó, não foi encontrado nada tão relevante. Destacam-se alguns papiros samaritanos (em escrita antiga) entre os cerca de 40 manuscritos achados em 1962-64.
Em Massada. Em 1963-65, foi achado um manuscrito de Eclesiástico em hebraico e fragmentos de Salmos, Levítico, Gênesis, e o Manuscrito dos Cânticos do Sacrifício do Sabath.
Em Nahal Hever e Se'elim. Nessas cavernas ao sul de En-Gedi havia muito material sobren Bar Kochba e alguns manuscritos bíblicos. Destaca-se a tradução grega dos Profetas Menores. Foram achados entre 1952-1961.