Monte Sinai

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sexta-feira, 23 de março de 2012

TEM CUIDADO DE TI MESMO

Escrevendo ao jovem pastor Timóteo, disse o apóstolo Paulo. ''Tem cuidado de ti mesmo...'' (1Tm 4.16). Não podemos duvidar de que a vontade do Espírito Santo é que estas palavras também estejam constantemente diante de nós, obreiros cristãos dos dias atuais. Se isto é verdade, vem ao caso perguntar: No que devemos ter cuidado quanto a nós mesmos?
Entre muitas áreas da nossa vida, com as quais devemos ter cuidado, por questão de espaço, vamos enfocar algumas apenas.  
1. Cuidado com a Saúde
A saúde é o maior patrimônio físico que Deus nos tem outorgado. Ela se constitui num bem inigualável que, uma vez perdido, dificilmente será recuperado.
Apesar de tudo quanto aqui temos dito a respeito do valor da saúde, é estranho como muitos de nós, obreiros, tratamos do problema da nossa saúde. Estudando o assunto concluímos que isto acontece pela razão seguinte:
Reconhecemos haver dois tipos de obreiros: Primeiro aqueles que trabalham com Deus, têm-no como um patrão duro e sempre pronto a castigar Seus empregados, se estes, por qualquer razão não executarem a sua tarefa diária.
Enquanto isto, aqueles que trabalham com Deus, pensam e agem diferente. Para eles, Deus é seu Pai, companheiro, amigo dócil e compreensivo, sem jamais deixar de ser Senhor. Ele quer não só o trabalho do Seu servo; quer também a comunhão, a companhia, a saúde e o bem-estar do Seu servo.
Independentemente de qualquer outra coisa, a bem da saúde, será interessante que o obreiro procure preservá-la.
Um pouco de senso e aplicação comum, evitará problemas físicos. Comida sadia como legumes, frutas e carnes com pouca gordura, devem fazer parte de suas refeições. Pouco sal e açúcar também é importante para o bem-estar do corpo. Dormir bem é vital à saúde . Devemos descansar oito horas por noite, conforme somos advertidos pelos médicos. Médicos podem ajudar; outrossim, não devemos evitá-los. E quando necessário for, tomar os remédios que eles nos dão, seguir rigorosamente suas instruções. 
2. Cuidado com a Popularidade
A popularidade é uma ''faca de dois gumes" que tanto pode beneficiar como prejudicar aqueles que a alcançam. É importante que isto seja observado principalmente se relacionado ao ministério que Deus nos deu.
O ministério cristão, dependendo da nossa fidelidade e dedicação a Deus, nos levará a gozar privilégios jamais imaginados. De fato, poucas atividades oferecem tão grandes possibilidades de popularidade quanto o ministério cristão. Porém, o obreiro deve ter consciência dos riscos que ela acarreta.
Ainda que reconheçamos que a popularidade se constitua uma forma de prêmio pela eficiência de quem o tem, o obreiro cristão deve ter sempre em mente as seguintes palavras de Paulo: "...pela graça de Deus, sou o que sou..." (1Co 15.10). Pense sempre no papel da jumenta que repreendeu a Balaão; no grande peixe que tragou Jonas e o lançou na praia; no do jumentinho que Jesus usou como montaria para entrar em Jerusalém; e no galo que Deus usou para despertar a Pedro. Do que tinham eles para se gloriar? De coisa alguma. Assim devemos pensar a nosso respeito.
Conta-se a seguinte parábola: Certo dia, o jumentinho sobre o qual Jesus entrou montado em Jerusalém, deixou sua mãe por um pouco e resolveu dar um passeio pelas margens do rio Jordão. Aproximando-se de um grupo de mulheres que levavam roupa, disse-lhes: "Ei, senhoras, olhem para mim. Lembram-se de alguma coisa?" Furiosas, aquelas senhoras começaram a atirar-lhe pedras. Desgostoso, saiu em direção a uma feira pública, e em meio à multidão, bradou: "Atenção, gente, olhem para mim; lembram-se de alguma coisa? Lembram-se dos ramos e da multidão que gritava ao meu redor?" De forma hostil, também aqui ele foi apedrejado. Cabisbaixo, aproximou-se de sua mãe que, à distância vira tudo. Solenemente disse-lhe a jumenta-mãe: "Oh, criança tola, não sabes tu que sem Ele não vales nada?''.
Referimo-nos a esta parábola como meio de despertar na sua mente, a importância das palavras de Jesus, o exemplo maior das nossas vidas, que dizem: ''...sem mim nada podeis fazer." (Jo 15.5).
3.Cuidado com o Sexo Oposto
Pocas áreas do ministérios requerem tanta vigilância do obreiro cristão quanto aquela que está afeta ao seu relacionamento com as filhas de Eva. Apesar disto, a mulher é indispensável para o seu bem-estar pessoal, seu ministério, seu êxito e felicidade. Reconhecidamente, não há ternura igual à do coração de uma boa mulher.
O obreiro cristão precisa ter cuidado para não se exceder em suas ações e demonstrações de afeto para com as mulheres. Deve também evitar falar com elas com demasiada liberdade, evitando, por exemplo, segurar-lhes a mão o tempo mais que necessário ao cumprimentá-las.
As senhoras mais idosas devem ser tratadas pelo obreiro, como se fossem sua mãe; as da sua faixa de idade, como se fossem suas irmãs carnais; as mais novas como se fossem sua próprias filhas. Deve reprendê-las sempre que se fizerem repreensíveis; cuidado, porém, com as más aparências que sempre terminam em prejuízo para o seu ministério.
Sempre que tiver de tratar de algum assunto com uma irmã, que o obreiro tenha cuidado de se fazer acompanhar de sua esposa ou de um obreiro da sua confiança. Isto ajudará no sentido de que nenhuma má impressão ou suspeita seja levantada contra a moral do obreiro, como também lhe dará livre curso entre os demais membros da igreja.
4. Cuidado com a Auto-Suficiência
A auto-suficiência constitui-se num dos maiores perigos a que o obreiro cristão está sujeito, principalmente aqueles que têm uma expressiva folha de serviços ministeriais. O obreiro que se julga auto-suficiente no seu ministério, passa a pensar e agir em termos de comparação. Os tais raciocinam assim: "Aqueles que antes de mim aqui trabalharam pouco ou nada fizeram, e aqueles que aqui trabalharão após mim, nada mais do que eu poderão fazer''. Isto é exaltação, e a exaltação é uma das coisas mais detestáveis, à qual o obreiro cristão deve estar imune.
O obreiro cristão humilde e comprovadamente servo, cedo descobrirá que por mais dinâmico que seja, o progresso da obra de Deus sob sua responsabilidade não depende primeiramente de sua influência e dinamismo, mas da operação soberana de Deus, o Senhor da Igreja. Paulo disse: ''Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento." (1Co 3.6,7).
O Pastor cuida das ovelhas, alimenta-as e protege-as, mas, só ovelhas geram ovelhas; só igreja gera igreja. Isto significa dizer: a Igreja é em si mesma o agente humano através do qual Deus age para o seu próprio crescimento. Portanto, não temos por que nos gloriar, pois, por muito que estejamos fazendo, não estamos fazendo mais do que ninguém, pois, somos ''...servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer" (Lc 17.10). É Deus que opera em nós "...tanto o querer como o realizar..." (Fp 2.13).
5.Cuidado com o Temperamento
O temperamento é a "marca registrada" de todo ser humano, e serve para distinguir os indivíduos quanto ao comportamento. Ele é parte inseparável da personalidade humana, e assim o será do nascimento á morte.
Os estudiosos do comportamento humano, desde Hipócrates (460 a 370 a.C.), classificam os temperamentos em números de quatro: Sanguíneo, Colérico, Melancólico e Fleumático. Estes podem mostrar-se como qualidades ou defeitos, dependendo dos motivos que levem o homem a agir, seja pela operação do Espírito Santo, seja pelo instinto natural que domina o coração do homem embrutecido e sem Deus.
O obreiro cristão precisa conhecer o seu temperamento e tê-lo controlado, porque, devido o seu intenso trabalho , ele corre risco de se deixar dominar por sentimentos incontroláveis que o levem a tratar mal a seus familiares e demais pessoas que o cercam, por meio da fala, gestos, atitudes e outros atos.
Para exercer perfeito controle sobre o seu temperamento, o obreiro cristão precisa permitir que o Espírito Santo o domine e o faça um exemplo digno de ser imitado. Deve ter cuidado com a língua, evitando dizer tudo o que quer, pois , disse alguém que aquele que diz o que quer, terminará ouvindo o que não quer.
Tenhamos cuidado para não confundir franqueza, com má educação; autoridade com arrogância; coragem com brutalidade e otimismo com prepotência. 


 
 
 
 

 
 
 
 
   
 
  



  

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