Monte Sinai

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quarta-feira, 7 de março de 2012

AS INSTITUIÇÕES


O Templo. O Templo era o centro da vida religiosa dos judeus. O papel do templo na vida de Israel tem importância fundamental. O assunto tem suas raízes no tempo de Moisés e na ordem da construção do tabernáculo, que era portátil, e foi utilizado para o serviço sagrado durante os quarenta anos da peregrinação no deserto.
O primeiro templo, construído por Salomão, foi idealizado por Davi que foi impedido por Deus de construí-lo. O local da construção do templo foi terreno que Davi comprou de Araúna (I Cr 21.18-22.6). Esse templo de Salomão se tornou preeminente como símbolo de unidade nacional e  religiosa. Ele teve uma existência de 410 anos quando foi destruído pelos babilônios no anos 586 a.C.
Durante o exílio, as sinagogas tiveram sua importância pra a vida religiosa dos judeus, mas não substituíram o templo. A adoração no sentido rigoroso como os judeus concebiam, só era possível no templo. Os sacrifícios prescritos pela lei mosaica só podiam ser legitimamente oferecidos no templo.
Com a autorização real para voltar para Jerusalém, os judeus voltaram com o objetivo de construir o segundo templo. Em 516, o templo mais humilde que o de Salomão foi terminado, setenta anos após a destruição do primeiro, e dedicado a Deus. Ele passou a ser conhecido como ''O Templo de Zorobabel''. Esse segundo templo não todos os artigos originais, alguns vasos sagrados, levados para a Babilônia, foram trazidos de volta. Os utensílios trazidos de volta da Babilônia estão alistados em Esdras 1.9-11, mas a Arca não estava mais em posse dos judeus, trata de quatro teorias quanto à história subsequente da Arca:
  1. Foi destruída junto com o templo, já que não é mencionada na lista de Esdras 1. 9-11.
  2. A Arca foi destruída ou mantida na Babilônia e, por isso, não consta na lista. 
  3. Se o apocalipse 11.19 for uma referência à Arca da Aliança, ela está agora no céu.
  4. A quarta teoria é a mais popular e presume que a Arca foi escondida pelos sacerdotes, antes da destruição do templo em 586 a.C., e só será trazida à luz quando o Messias restaurar o terceiro templo.
O templo de Zerobabel foi saqueado e profanado por Antíoco Epifânio em 168 a.C., mas depois de restaurado por Judas Macabeu, durou até a época de Herodes, o Grande, que no ano 19 a.C. deu início à reconstrução do templo com o dobro do tamanho do anterior. Essa construção só foi concluída no ano 64 d.C. Essa construção não foi considerada como a do ''Terceiro Templo'', como pretendem alguns arqueólogos, pelo fato de não ter cessado o culto local e, também porque, essa porque, essa terminologia. (terceiro templo), nunca foi adotada. Ela é usada hoje para indicar uma construção futura do templo.
Os serviços eram feitos sob a direção exclusiva dos sacerdotes e dos levitas que eram seus auxiliares no preparo dos sacrifícios e no cuidado do templo. Foi nesse templo, inacabado, que Jesus fez tantos milagres. Jesus teve por certa a instituição divina do templo e o chamou de ''a casa do meu Pai'' (Jo 2.16). Ele predisse sobre a sua destruição iminente (Mc 13.1,2), expulsou os cambistas do templo e disse: ''A minha casa será chamada casa de oração''.
O Sinédrio. O sinédrio era o nome dado ao superior tribunal civil e religioso da nação judaica. O termo ''sinédrio'' vem do vocábulo grego "sinédrion" ("sun", com, e "édra'', assento), e significa: ''sentados juntos'' (os membros do sinédrio se assentavam em semicírculo). Em algumas versões o termo é traduzido por ''concílio'' (vide Mt 5.22; 26.59; Mc 15.55; Lc 22.66; Jo 11.47; At 5.41; 6.12; 22.30).
O sinédrio era composto por um grupo de setenta e um anciões judeus e era presidido pelo sumo-sacerdote (no total de setenta e dois). Ele era formado pelo presidente (sumo-sacerdócio), por 24 "principais sacerdotes'' que representavam todas as 24 ordens do sacerdócio (I Cr 24.4,6), por 24 ''anciãos'' que representavam o laicado, às vezes eram chamados de ''anciãos do povo'' (Mt 21.23), e por 22 escribas, peritos na interpretação da Lei em assuntos tanto religiosos como civis.
Quanto à sua origem, a tradição judaica (Mishanah), atribui à época em que Moisés designou os setenta anciões para julgar o povo (Nm 11.16). Após o exílio, o sinédrio teria sido reconhecido por Esdras. A primeira menção explícita ao sinédrio se encontra na literatura de Josefo (Antiguidades), quando escreveu sobre o período de Antíoco III (223 - 187) e trata sobre o "senado'' dos judeus com liberdade para agir como um corpo governamental da Palestina.
O sinédrio era de caráter legislativo, judiciário e religioso. Ele exercia jurisdição civil e criminal, tinha autoridade administrativa, e podia ordenar aprisionamentos por seus próprios oficiais de justiça (Mt 26.47; Mc 14.43; At 4.1). Tinha o poder de julgar casos que não envolvessem punição capital (At caps. 4 e 5). O único caso de punição capital em conexão com o Sinédrio do NT foi o caso de Jesus.
Sua jurisdição incluía até mesmo os judeus da dispersão (At 9.1,2). Além de Jesus, acusado de blasfêmia (Mt 26.57ss; Jo 19.7), os apóstolos também enfrentaram o Sinédrio. Pedro, João e Paulo (At 4.1ss;capítulos 22-24). Além do sinédrio central em Jerusalém, o ''Grande Sinédrio'', havia sinédrios menores (Mt 5.22), as questões menores eram julgadas pelos sinédrios locais que funcionavam no segundo e no quinto dia de cada semana. O Grande sinédrio julgava as questões mais sérias em ocasiões definidas, exceto aos sábados e dias de festa. O período de maior influência do sinédrio vai do estabelecimento do domínio romano 963 a.C.), até a destruição de Jerusalém (70 a.C.) quando o sinédrio foi abolido. A partir daí, a Palestina passou a ser governada pela administração provincial de Roma. Algumas das principais funções do sinédrio foram:
  1. Supervisão sobre a pureza da linhagem direta e legal do sacerdócio
  2. Julgamento de imoralidade entre as esposas e filhas dos sacerdotes
  3. Superintendência religiosa da nação judaica.
  4. Prisão e julgamento de falsos profetas hereges.
  5. Determinação sobre a ampliação dos limites da cidade ou do templo
  6. Indicação de sinédrios menores
  7. Organização do calendário judaico 






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